Eolinuvem
"Se os ventos podem ouvir nossas preces, então estas asas são suas mensageiras."
— Ditado popular entre zaunitas
Seu porte imponente, com asas brancas e graciosas que parecem dançar com as nuvens, é suficiente para deixar até os marinheiros mais calejados sem palavras. Medindo o equivalente a três navios enfileirados, seu corpo longilíneo é uma fusão de força e elegância, projetado para cortar os céus como se fosse parte deles. Ele desliza entre os ventos como um espírito, muitas vezes confundido com uma tempestade distante devido à sombra imensa que projeta sobre a terra e o mar.
Alguns acreditam que a criatura é uma manifestação direta da vontade de Janna, um mensageiro celestial que traz os ventos de mudança e proteção para aqueles que mais precisam. Outros sugerem que o Eolinuvem é uma criatura independente, mas que recebeu as bênçãos de Janna em tempos ancestrais, um pacto sagrado entre a protetora e este colosso dos céus.
Testemunhas raras relatam que, quando ameaçado, ele usa seus poderosos ventos para criar redemoinhos que varrem navios inteiros para fora de seu caminho, uma demonstração de sua força imensa. Suas asas, cobertas por um delicado brilho prateado, são capazes de gerar correntes de ar tão fortes que podem alterar o curso de tempestades, desviando perigos climáticos de cidades costeiras ou navios em perigo.
O canto do Eolinuvem é outra característica lendária, descrito como um som profundo e reverberante que ecoa por quilômetros. Esse som, dizem, é uma prece ao próprio vento, um hino que mantém o equilíbrio entre os elementos. Marinheiros experientes acreditam que ouvir o canto da criatura é um presságio de boa sorte, enquanto outros o veem como um aviso para navegar com cautela, pois a presença do Eolinuvem pode indicar tempestades iminentes.
Para os povos de Zaun e outras regiões costeiras, o Eolinuvem é um símbolo de esperança e mistério. Pescadores e marinheiros frequentemente deixam pequenas oferendas ao mar ou aos ventos, acreditando que isso pode atrair a proteção do Eolinuvem em suas viagens. Estátuas rudimentares da criatura, com seus chifres semelhantes a galhos e suas penas magníficas, podem ser encontradas em altares improvisados ao longo das docas.
Mesmo com sua imponência, o Eolinuvem parece evitar contato direto com os humanos, mantendo uma distância respeitosa, quase como se compreendesse a fragilidade e a curiosidade de nossa espécie. Aqueles que têm a sorte de vislumbrar sua silhueta contra o horizonte frequentemente descrevem a experiência como um momento de pura reverência, um lembrete da vastidão e do mistério do mundo natural.
Na interseção entre o mar e o céu, o Eolinuvem reina supremo, uma criatura que personifica o espírito indomável dos ventos e a delicada conexão entre Runeterra e as forças que governam seus elementos. Ele é uma lembrança viva de que, por mais que tentemos dominar a natureza, ainda somos meros passageiros em um mundo governado por forças muito maiores.