"Se você ouvir um som agudo e penetrante, feche os olhos e reze. Não é o vento... e o que vem depois é muito pior."
– Velho noxiano traumatizado
Entre os labirintos esquecidos de Noxus, nas ruínas das favelas ou nas profundezas das florestas escuras de Runeterra, a Fiandeira Estridente é uma criatura que atormenta até mesmo os mais corajosos. Uma aranha do tamanho de um humano adulto, com uma aparência que transcende a biologia natural, ela é um pesadelo materializado. Seu corpo, revestido por uma carapaça negra e lustrosa, reflete a pouca luz do ambiente, e suas patas, longas e pontiagudas, parecem projetadas para dilacerar qualquer coisa que toque.
Mas não é apenas sua aparência que torna a Fiandeira um símbolo do terror absoluto. Diferente das aranhas comuns, essa criatura possui asas, semelhantes às de besouros, que lhe permitem planar silenciosamente. Esses voos rasantes a tornam uma caçadora excepcional, surgindo do nada para surpreender suas presas antes que possam reagir. Seus movimentos são calculados, precisos e cruéis, e sua capacidade de escalada e agilidade tornam qualquer tentativa de fuga quase impossível.
O som agudo que lhe dá o nome é uma de suas características mais aterrorizantes, a Fiandeira Estridente emite um guincho penetrante que ecoa pelas paredes de cavernas, ruínas ou becos. Esse som não é apenas perturbador, mas deliberadamente projetado para desorientar e aterrorizar suas presas. Muitos que ouviram o grito pela primeira vez o descreveram como algo que "corta diretamente a alma", misturando-se com o caos crescente da noite. Porém, o verdadeiro horror vem logo após o som. O grito é um chamado, um convite para que as suas "irmãs menores", aranhas menores que compõem sua ninhada, venham atacar em enxames.
Elas vivem em colônias organizadas, onde cada Fiandeira tem seu papel. A matriarca, maior e mais velha, controla a colônia com um fervor quase demoníaco, orientando suas filhas em táticas de caça e defesa. Teias densas e brilhantes, construídas com um material quase indestrutível, são usadas tanto como armadilhas quanto como redes para capturar vítimas. Os túneis escuros são cobertos por essas teias, e caminhar por eles é como adentrar o domínio de uma predadora insaciável.
Há rumores de que essas criaturas não são apenas bestas, mas sim o resultado de magia sombria ou experimentos alquímicos desastrosos. Algumas histórias contam que as Fiandeiras foram criadas por acidente quando um alquimista tentou fundir a essência de uma criatura demoníaca com uma aranha comum, criando monstros que escaparam ao seu controle. Outros dizem que as Fiandeiras são demônios menores que assumem essa forma para espalhar medo e destruição. Seja qual for a verdade, não há dúvidas de que enfrentá-las é o mesmo que encarar a morte.
Os caçadores experientes têm suas estratégias para lidar com a Fiandeira Estridente. Fogo é uma das poucas coisas que pode ameaçar sua carapaça, enquanto sons altos podem, às vezes, dispersar os enxames menores. No entanto, é unânime entre eles que a melhor arma contra essas criaturas é simplesmente a distância. Aqueles que sobrevivem aos seus ataques saem marcados para sempre, tanto pelo trauma quanto pelas feridas físicas, pois suas mordidas são tão venenosas quanto seu ataque inicial é mortal.
Mesmo em lugares distantes de seu habitat natural, a lenda da Fiandeira Estridente se espalha como um sussurro. Nas tavernas de Piltover ou Zaun, aventureiros e saqueadores contam histórias de encontros próximos, muitas vezes regados com exagero, mas sempre com o mesmo aviso: "Se ouvir o grito, reze. Se vir as asas, corra. E se sentir a teia, já é tarde demais."