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Balísticobô

"O paciente solicitou que mantivéssemos apenas sua mente intacta, dizendo que foi lá que ele guardou todo o seu rancor."

– Diário de um Aperfeiçoador, registro 1011

O Balisticobô é um exemplo grotesco das extremidades a que alguns em Piltover e Zaun estão dispostos a ir para fundir homem e máquina. Estas criaturas, ou talvez seja mais apropriado chamá-las de aberrações, são o resultado de um processo brutal onde corpos vivos são desmembrados, melhorados e reconstruídos com tecnologia de ponta. Braços transformam-se em canhões, espinhas reforçadas sustentam corpos que podem esmagar pedra, e cabeças, muitas vezes protegidas por capacetes metálicos, ocultam mentes fragmentadas e desesperadas. O que resta de humano em um Balisticobô é, na maioria das vezes, nada mais do que uma sombra – lembranças de uma vida que foi trocada por poder.

Essas criações não são frutos de invenção benevolente. Não, elas são armas, puras e simples, fabricadas com um propósito: destruir. Eu vi com meus próprios olhos o que um único Balisticobô é capaz de fazer. Seu corpo metálico parece imbatível, sua força é descomunal, e os sons que emanam de seus motores internos – o zunido baixo e constante de energia mecânica misturado ao estrondo de explosões controladas – são uma trilha sonora aterrorizante que anuncia sua chegada.

Um Balisticobô não sente medo, não sente cansaço e, na maioria dos casos, não sente nada. Isso os torna implacáveis e assustadoramente eficientes em batalha. Contudo, não é apenas a brutalidade física que os torna perigosos; é a maneira como eles simbolizam a perda de humanidade em nome do poder e da eficácia.

Lembro-me do dia em que cruzei o caminho com um Balisticobô pela primeira vez. Não foi algo planejado; eu seguia rumores de desaparecimentos em uma área industrial de Zaun, uma região dominada por fuligem e vapor, onde ninguém olhava para você duas vezes, desde que mantivesse distância dos becos errados. Foi lá que os sussurros me levaram – histórias sobre pessoas que haviam desaparecido depois de buscar "melhorias" em suas vidas. Melhorias, claro, era um eufemismo terrível. Os que entravam naqueles laboratórios saíam como algo completamente diferente.

Ao me infiltrar em um desses laboratórios, descobri o horror em primeira mão. Fileiras de corpos, alguns ainda parcialmente humanos, estavam sendo desmontados e reconstruídos. As luzes verdes piscavam em equipamentos que eu não conseguia compreender totalmente, e o cheiro metálico no ar era sufocante. Em uma plataforma elevada, estava ele – um Balisticobô completo, testando sua força.

Ele parecia uma estátua viva, toda em aço reluzente, com um braço esquerdo transformado em uma espécie de lança-chamas e o direito em uma pinça esmagadora. Cada movimento seu era acompanhado por um som mecânico que parecia ecoar pela sala. A criatura não só parecia indestrutível, como também carregava um peso emocional indescritível.

Então, ele falou. Ou talvez devesse dizer que murmurou – palavras desconexas e arrastadas, que carregavam algo que se assemelhava a dor. "Justiça... Piltover... tudo queimará..." As palavras, por mais simples que fossem, me paralisaram. Havia algo ali dentro, algo humano, algo que ainda se agarrava à sua antiga existência.

Era perturbador, de um jeito que vai além de qualquer explicação simples. Eu não consegui enfrentar aquela visão por muito tempo. A máquina se virou, quase detectando minha presença, e naquele momento percebi que eu estava completamente fora da minha liga. Recuar foi a única opção sensata.

Enquanto escapava, me peguei pensando nas implicações dessa tecnologia. Quem seria louco o suficiente para se submeter a tal transformação? E mais importante, quem teria a audácia de criar algo tão monstruoso? Não consegui respostas naquele dia, mas o que testemunhei me assombra até hoje.

Blocos de Estatísticas do Balísticobô

Abaixo estará o bloco de estatísticas do Balisticobô.