Barbatelo Rubro
"O que é mais assustador do que um predador que não precisa comer você, mas decide afundar seu navio por esporte?"
– Relato de um marinheiro perdido
Os Barbatelos Rubros são gigantes dos mares, imponentes e aterrorizantes. Com corpos massivos que superam facilmente o tamanho de um veleiro cúter, suas barbatanas dorsais de um vermelho vibrante os tornam inconfundíveis. Esse tom escarlate contrasta com seu corpo cinzento e ameaçador, enquanto sua cabeça reforçada, adornada por um crânio rígido e impenetrável, parece moldada exclusivamente para destruição.
É esse crânio que funciona como uma arma natural, capaz de despedaçar cascos de navios com uma única investida, tornando-os uma ameaça constante para os marinheiros que ousam navegar em seus territórios. Eles não atacam por fome ou necessidade, mas por um motivo que muitos descrevem como "diversão mórbida". Esses gigantes marinhos escolhem embarcações deliberadamente, investindo contra elas e as reduzindo a destroços em questão de minutos. Suas investidas são calculadas e implacáveis, como se fossem mestres de um jogo cruel cujas regras apenas eles conhecem. Marinheiros experientes relatam que, após afundar um navio, os Barbatelos Rubros simplesmente desaparecem, deixando os náufragos à mercê do oceano.
O que torna essas criaturas ainda mais fascinantes – e assustadoras – é sua aparente relação com outras formas de vida marinha. Após destruírem embarcações, os Barbatelos Rubros raramente devoram os sobreviventes. Em vez disso, deixam os náufragos para que outros predadores ou necrófagos do mar se alimentem. Essa espécie de "simbiose" macabra com o ecossistema marinho parece ser parte de um equilíbrio perverso das águas, onde o Barbatelo Rubro age como o provocador inicial de um banquete subsequente.
Minha primeira experiência com um Barbatelo Rubro foi através de relatos assombrados de pescadores em Águas de Sentina, homens que haviam perdido amigos e embarcações para essas criaturas. Um desses homens, com os olhos cheios de medo e amargura, contou-me sobre o dia em que viu a barbatana escarlate emergir das águas e um casco de navio ser despedaçado como se fosse feito de papel. Ele descreveu o momento em que o Barbatelo Rubro recuou, seu imenso corpo desaparecendo nas profundezas sem sequer tocar nos corpos flutuantes dos sobreviventes.
Mais tarde, enquanto navegava por uma das rotas menos seguras da costa, vi uma dessas criaturas com meus próprios olhos. Era tão grande quanto descrito e tão aterrorizante quanto meus piores pesadelos. O navio onde eu estava conseguiu escapar, mas não sem deixar para trás um sentimento de fragilidade e respeito diante do poder bruto da natureza. Aquele único vislumbre foi o suficiente para entender por que tantos o descrevem como um "flagelo dos mares". Navegar perto deles é apostar sua vida em um jogo que você jamais vencerá.
Blocos de Estatísticas do Barbatelo Rubro
Abaixo estará o bloco de estatísticas do Barbatelo Rubro.